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Mostrando postagens de abril, 2007

William Butler Yeats

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Ultimamente, por uma série de associações, os temas por aqui têm estado mais para o "mundo de lá" do que o "mundo de cá". Enfim, uma coisa leva a outra e chegamos a este belíssimo poema do irlandês William Butler Yeats (1865-1939), prêmio Nobel de Literatura de 1923, um dos poetas mais influentes da literatura moderna inglesa no século XX. O poema abaixo é parte integrante do volume de traduções de Péricles Eugênio da Silva Ramos, " Poemas de W. B. Yeats ", Editora Art, 1987 e tem como base o original: " The Poems - W. B. Yeats ", editado por Richard J. Finneran, Macmillan, Londres, 1984. Death (William Butler Yeats) Nor dread nor hope attend A dying animal; A man awaits his end Dreading and hoping all; Many times he died, Many times rose again. A great man in his pride Confronting murderous men Casts derision upon Supersession of breath; He knows death to the bone - Man has created death. Morte (Tradução de Péricles Eugênio da Sil

Edgar Allan Poe

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Edgar Allan Poe  (1809-1849) foi um dos autores favoritos de minha juventude, mesmo sem que eu tivesse a maturidade intelectual suficiente para entender seu trabalho na época e, sinceramente, ainda hoje duvido que tenha tal maturidade. De qualquer forma, com o passar do tempo, em cada releitura de Poe, seja prosa ou poesia, sempre encontrei novos significados e o prazer adolescente renovado. Os 40 anos de vida de Poe foram trágicos e atormentados pelo álcool. Ele tinha imenso prazer em identificar-se com a sua própria criação, por isso trajava sempre roupas negras, principalmente nos salões onde declamava seus poemas.  Os contos fantásticos e sobrenaturais de Poe são muito famosos ( O Poço e o Pêndulo, O Gato Preto, A Queda do Solar de Usher etc ). Na verdade, poucos autores dominaram tão bem o estilo do conto quanto ele, além de ter sido um precursor do estilo policial ( Os crimes da rua Morgue ). Na poesia, a sua composição mais importante foi, sem dúvida, O Corvo . Transc

Escrever bem não é suficiente

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Muito já se discutiu sobre a questão da universalidade em obras literárias e o fato, aparentemente incompatível, destas obras se basearem em um espaço local de caráter regional ou folclórico. Ocorre então que, quanto mais restrito e intimista o foco da narrativa, mais abrangente é a representação humana. Eça de Queirós, no final de sua vida e já morando em Paris por vários anos, escolheu para seus últimos romances temas ligados à história de Portugal. Na “Ilustre Casa de Ramires” a decadência moral da família Ramires é comparada ao momento histórico português no final do século XIX, quando após séculos de expansão marítima e conquistas, o país não conseguia manter a glória de épocas passadas. Para estabelecer esta comparação, o autor utilizou os conflitos éticos da personagem principal e sua dificuldade em adaptar a tradição fidalga dos antepassados a uma sociedade moderna e sem valores. Esta representação universal parece também, na maioria dos clássicos, não ser afetada pelo