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Mostrando postagens de fevereiro, 2008

Ferreira Gullar - O poema tem que ser um relâmpago

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O título desta postagem é uma declaração do brasileiro Ferreira Gullar , um dos maiores poetas em língua portuguesa, à revista Poesia Sempre da Biblioteca Nacional, publicada em 2006: " O poema tem que ser um relâmpago. Ele tem que iluminar a tua cara, bater na tua cara como uma coisa vital ". Ensaísta, autor de contos e peças teatrais, romancista, intelectual e artista plástico de vanguarda, o poeta Gullar sempre esteve um passo à frente. Em outra entrevista de 2002 para o livro Pena de Aluguel ele declara sobre a profissão de escritor: " Não é profissão, não. E talvez poesia não seja nem literatura. É uma coisa tão extemporânea, tão fora das normas que, ou a poesia é a pura literatura ou ela não é literatura. Ninguém faz literatura objetivamente, a não ser aqueles escritores americanos de best-sellers. A objetividade se refere muito mais ao artesanato, à técnica, ao domínio da linguagem. Em matéria de arte, a técnica é imprescindível mas não suficiente ". A

20 classificações de livros segundo Italo Calvino

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Italo Calvino  (1923-1985) no seu excelente " Se um Viajante numa Noite de Inverno " faz do leitor o principal protagonista em uma narrativa fantástica que se aproxima muito do estilo de Jorge Luis Borges . O tema principal é a própria literatura e seus diversos estilos, desde os romances clássicos até o experimentalismo de vanguarda. A história tem início no momento em que o leitor entra na livraria para comprar o novo livro de Italo Calvino e, neste momento, se depara com uma infinidade de opções de leitura. Conheçam as hilárias classificações de Calvino, que conseguiu representar muito bem a angústia do leitor em uma livraria diante de tantas opções e uma vida tão curta. 01. Livros que você não leu; 02. Livros cuja leitura é dispensável ; 03. Livros para outros usos que não a leitura ; 04. Livros já lidos sem que seja necessário abri-los ; 05. Livros já lidos antes mesmo de terem sidos escritos ; 06. Livros que, se você tivesse mais vidas, leria de boa vontad

20 mortes inesquecíveis da literatura mundial

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Pieter Bruegel, o velho (1525-69), O Triunfo da Morte -1562 Óleo em painel, 117 x 162 cm; Museo del Prado, Madrid. Ninguém gosta de falar da morte, mas mesmo assim ela está sempre presente e também na literatura, como bem podemos comprovar na relação abaixo. Qual foi a sua morte preferida e inesquecível? Fico com a de número 13, criação de John Updike (ler uma postagem sobre ela aqui ), mas essa, naturalmente, é uma questão muito pessoal. 01. Romeu e Julieta - William Shakespeare - Romeu e Julieta (1596) 02. Werther - Goethe - Os Sofrimentos do Jovem Werther (1774) 03. Julian Sorel - Stendhal - O Vermelho e o Negro (1830) 04. Marguerite Gautier - A. Dumas Filho - Dama das Camélias (1847) 05. Catherine - Emily Brontë - Morro Ventos Uivantes (1847) 06. Ema Bovary - Gustave Flaubert - Madame Bovary (1856) 07. A velha agiota - Fiódor Dostoiévski - Crime e Castigo (1867) 08. Ana Karenina - Leon Tolstói - Ana Karenina (1875) 09. Brás Cubas - Machado de A