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Mostrando postagens de novembro, 2015

Javier Marías - Assim começa o mal

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Javier Marías - Assim começa o mal - Editora Companhia das Letras - 520 páginas - tradução de Eduardo Brandão - Lançamento no Brasil: 29/09/2015. Javier Marías está de volta com a sua prosa caudalosa e as deliciosas e longas frases que se ramificam em múltiplas digressões, estilo que me faz lembrar do saudoso José Saramago. Este romance é ambientado na Madri dos anos oitenta, após a longa era de 36 anos do "Generalíssimo" Franco no poder, período que ficou conhecido na história como ditadura franquista, iniciado em 1939, no fim da Guerra Civil, até a sua morte em 1975.  Um período total de 36 anos, portanto, que deixou marcas profundas na sociedade espanhola e provocou um fenômeno típico nos governos de redemocratização (que conhecemos muito bem), a convivência tácita entre as vítimas e os carrascos do  antigo  regime, sendo que, em alguns casos, os lobos se transformam em cordeiros e o medo de novas arbitrariedades faz com que as testemuhas se calem. "Naqueles

100 Livros Notáveis em 2015 - New York Times

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A lista do New York Times (Sunday Book Review)  apresenta uma seleção de 100 livros resenhados em 2015, escolhidos pelos editores do Sunday Book Review. Cada um dos livros selecionados tem um link apontado para a respectiva resenha crítica, sendo, desta forma, uma fonte de informações importante já que a grande maioria dos livros ainda não foi publicada no Brasil. O ano de 2015 foi excelente para a área de ficção como podemos constatar nos seguintes destaques: The Complete Stories (Clarice Lispector traduzida para o inglês, editado por Benjamin Moser), God Help the Child (Toni Morrison), Purity (Jonathan Franzen) e  Submission (Michel Houellebecq).  Para quem desejar se aprofundar ou procurar uma resenha para um livro específico, seguem os links para as listas dos últimos anos: 2014  / 2013 /  2012 /  2011 /  2010 /  2009 /  2008 /  2007 /  2006 /  2005 /  2004  /  2003 /  2002 /  2001 /  2000 /  1999 /  1998 .

Primavera dos Livros 2015

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Um programa sempre muito recomendado para os apaixonados pela leitura, a Primavera dos Livros no Rio de Janeiro, agora renomeada para Primavera Literária, completa 15 anos e ocorrerá mais uma vez nos jardins do Museu da República (Rua do Catete, 153 em frente à estação do Metrô) de 3 a 6 de dezembro, reunindo mais de 100 pequenas e médias editoras. Segundo a Liga Brasileira de Editores (Libre), organizadora do evento, a Primavera Literária terá mais de 15 mil títulos à venda com até 50% de desconto. Na programação estão previstos lançamentos de livros, encontros com escritores, debates, atividades para os jovens, brincadeiras e manhãs de autógrafo para crianças, muita poesia e uma praça de alimentação, entre outros. O tema deste ano será "Bibliodiversidade - encontro cultural e transformador".  O evento, com entrada franca, funcionará de 10h às 21h.

As 20 melhores distopias da literatura

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Cena do filme Blade Runner de Ridley Scott (1982) O século XX representou o fim da esperança em uma sociedade utópica. Afinal, depois de duas grandes guerras mundiais e do conflito gerado entre o capitalismo e a alternativa econômica do sistema político oferecido pela URSS, ficamos sem disposição para sonhos. A ameaça de governos repressivos e totalitários em todo o mundo inspirou a criação de obras distópicas que seriam uma antítese da utopia imaginada em séculos passados. Sendo assim, a visão pessimista do mundo acabou se refletindo na criação literária o que explica o desenvolvimento deste estilo tão popular entre a juventude atualmente, como podemos constatar nas séries adaptadas para o cinema como Jogos Vorazes, a trilogia divergente e tantas outras.  É interessante notar como os acontecimentos cruéis deste início de século XXI, norteados pelo fanatismo religioso, os interesses das grandes corporações, as tragédias ambientais e atentados terroristas transformaram os rom

As 20 melhores utopias da literatura

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Abraham Ortelius - Maris Pacifici (1589) A utopia no século XXI está, infelizmente, muito próxima do significado dos radicais gregos " não " e " lugar " que originaram a expressão  " não-lugar " ou, mais precisamente, " lugar que não existe ". A utopia representa portanto uma civilização ideal que possa realizar o sonho de uma sociedade sem diferenças, uma meta difícil de ser atingida em um mundo cada vez mais dividido pelos conflitos religiosos, econômicos e políticos.  Quando Thomas More lançou Utopia em 1516, criando este ideal de mundo perfeito, a humanidade vivia sob o impacto das grandes descobertas e ainda parecia possível o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e humanista. De qualquer forma, o termo permaneceu até os nossos dias influenciando a criação de obras de filosofia, política, ou simplesmente ficção. Segue em ordem cronológica uma seleção das 20 melhores utopias imaginadas (mas nunca concretizadas) pelo homem na l