Vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura 2015

Literatura contemporânea

Divulgados os vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura, versão 2015. Este ano, um total de 215 livros concorreram à premiação, 111 de autores veteranos e 104 de autores estreantes. Criado em 2008 pelo Governo do Estado de São Paulo, o prêmio é o maior do País em valor individual e tem como principais objetivos incentivar a produção literária de qualidade, apoiar e valorizar novos autores e editoras independentes, além de incentivar a leitura. Segue resumo sobre os vencedores com links para referência.

Estevão Azevedo, 37 anos, ganhou R$ 200 mil na categoria de melhor romance do ano com "Tempo de Espalhar Pedras" (Editora Cosac Naify). Em 2009, o escritor, nascido em Natal/RN, foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura com seu primeiro romance, "Nunca o Nome do Menino" (Editora Terceiro Nome). Para o juri, Azevedo se destacou entre os concorrentes pelo "amplo domínio da maestria narrativa e ficcional", com um texto surpreendente, que se inscreve na melhor tradição do romantismo brasileiro e do realismo modernista nordestino. Estevão já havia publicado também anteriormente duas antologias de contos: "O Terceiro Dia" (2004) e "O Som do Nada Acontecendo" (2005)

Micheliny Verunschk, 43 anos, nascida em Recife/PE, ganhou R$ 100 mil na categoria de melhor romance do ano, autor estreante com mais de 40 anos, com "Nossa Teresa - Vida e Morte de Uma Santa Suicida" (Editora Patuá), curiosa obra que gira em torno de temas como suicídio, herança familiar, fé e crenças populares. Para o juri, o livro é um "romance desconfortável sobre a condição humana, com frases ora poéticas, ora prosaicas como um papo de bar". A autora é mestre em literatura e crítica literária e doutoranda em comunicação e semiótica e defenderá a tese na PUC-SP sobre santos populares da América Latina que tiveram mortes violentas.

Débora Ferraz, 28 anos, também pernambucana, de Serra Talhada, ganhou R$ 100 mil na categoria de melhor romance do ano, autor estreante com menos de 40 anos, com "Enquanto Deus Não Está Olhando" (Editora Record), obra que trata de temas como perda e insegurança no ingresso à idade adulta. O livro narra, de forma não linear, a história de uma jovem em busca de seu pai, que fugiu do hospital. Para o juri, Débora é uma escritora talentosa, com voz própria e que domina a narrativa extensa e dramaticamente densa. O tema foi avaliado como "universal e perfeitamente adaptado a uma realidade local e geracional da juventude no Nordeste brasileiro contemporâneo, mas que poderia ser em qualquer outro hemisfério ou país". Débora Ferraz também foi vencedora do Prêmio Sesc de Literatura 2014 com o mesmo romance.

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